(N64) Tradução NTSC vs Tradução PAL e Hacks no geral.

Iniciado por lugia, Janeiro 15, 2020, 04:34:27 AM

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lugia

 Olá pessoal, primeiro gostaria de agradecer a todos que ajudam a manter a comunidade de games retrô com traduções e outros hacks.

Eu costumo ver na maioria das vezes, traduções de ROMs para N64 BR baseadas em roms européias, fico curioso pra saber porquê a opção de trabalhar em cima da ROM que usa o sistema de cor PAL.

Aqui no Brasil por exemplo, os consoles nacionais usam o sistema de cor PAL-M, que apesar do nome, tem compatibilidade ideal com NTSC, mas com PAL é mais complicado e me falta conhecimento para explicar melhor.
Hoje em dia, flash carts como ED64, EverDrive, etc. estão cada vez mais populares e vejo que a tradução acaba não rodando no Nintendo 64 Nacional por conta da ROM ser traduzida na versão europeia.

Apesar do cenário de ROM Hacking ter começado com uso para emuladores, hoje isso causa este impacto naqueles que usam o console para jogar, muitos hacks não rodam no Nintendo 64 ou por conta do sistema de cor, ou pelo hacker ter usado recursos que o Sistema Original do console não conseguiria fazer rodar.

Por acaso a motivo especial para usar ROMs européias?

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Deixo aqui um link útil explicando porque os hacks devem ser compatíveis com o hardware do console, é um texto grande e em inglês, mas acredito ter uma boa explicação.

https://sites.google.com/site/deathbasketslair/zelda/importance-of-hardware-compatibility

WolfferroW

A maioria escolhe as europeias por conta do maldito espaçamento e da tabela completamente pronta com acentuação.

Mas mesmo assim valeu pela dica.

Hareon

Concordo.

Olha, antigamente os jogos costumavam ter menos espaço disponível nos cartuchos.
Quando lançavam uma versão por região, eles alteravam muitas coisas, desde a adequação da censura das regiões de distribuição até mesmo as fonts.

No caso das fonts, muitas palavras têm tamanhos diferentes de caracteres utilizáveis e muitos jogos adaptavam isso em suas programações, seja aumentando o limite de caracteres ou mesmo adicionando algum código onde a palavra continua na linha seguinte, enfim, são muitos motivos.

Os jogos de Pokémon clássicos mesmo não possuíam escolha de idioma. A versão espanhola, inglês, japonesa, italiana... Eram todos jogos separados, mas é compreensível, sabendo do tamanho de espaço que existia num cartucho de Gameboy/Gameboy Color.

Com o tempo os jogos foram ganhando opção de idioma com fonts adaptadas às traduções de sua região.
As versões americanas não contavam com a tradução em português.

Com isso, os jogos não tinham em suas fonts acentos como à, ã, â ou mesmo ç.
São caracteres comuns na língua portuguesa e, como resultado, caso o tradutor não saiba acessar essa paleta de fonts e editá-la, a tradução fica sem acentuação.

Com uma edição das fonts, pode ser que hajam travamentos no jogo, visto que o código da programação não é adaptado a todas as situações, havendo esse risco.

Por esse motivo muitos preferem a versão europeia. Graças ao Espanhol e principalmente ao Francês, é possível fazer traduções com mais acentuações e caracteres.

No caso, pode ser possível tentar importar certas coisas como as fonts da versão européia para a versão americana, mas também há o risco.

Sempre foi uma questão de limitação mesmo. Acessar, compreender a programação do jogo e fazê-la funcionar às vezes é mais complicado do que se imagina.
Projeto Pokémon Brasil - Elite dos Quatro Traduções
Projeto Zelda Brasil - Heroes of Time
Fórum da E4T: https://e4t.com.br/forum/

João13

Citação de: Hareon online Janeiro 17, 2020, 01:13:25 AM
Concordo.

Olha, antigamente os jogos costumavam ter menos espaço disponível nos cartuchos.
Quando lançavam uma versão por região, eles alteravam muitas coisas, desde a adequação da censura das regiões de distribuição até mesmo as fonts.

No caso das fonts, muitas palavras têm tamanhos diferentes de caracteres utilizáveis e muitos jogos adaptavam isso em suas programações, seja aumentando o limite de caracteres ou mesmo adicionando algum código onde a palavra continua na linha seguinte, enfim, são muitos motivos.

Os jogos de Pokémon clássicos mesmo não possuíam escolha de idioma. A versão espanhola, inglês, japonesa, italiana... Eram todos jogos separados, mas é compreensível, sabendo do tamanho de espaço que existia num cartucho de Gameboy/Gameboy Color.

Com o tempo os jogos foram ganhando opção de idioma com fonts adaptadas às traduções de sua região.
As versões americanas não contavam com a tradução em português.

Com isso, os jogos não tinham em suas fonts acentos como à, ã, â ou mesmo ç.
São caracteres comuns na língua portuguesa e, como resultado, caso o tradutor não saiba acessar essa paleta de fonts e editá-la, a tradução fica sem acentuação.

Com uma edição das fonts, pode ser que hajam travamentos no jogo, visto que o código da programação não é adaptado a todas as situações, havendo esse risco.

Por esse motivo muitos preferem a versão europeia. Graças ao Espanhol e principalmente ao Francês, é possível fazer traduções com mais acentuações e caracteres.

No caso, pode ser possível tentar importar certas coisas como as fonts da versão européia para a versão americana, mas também há o risco.

Sempre foi uma questão de limitação mesmo. Acessar, compreender a programação do jogo e fazê-la funcionar às vezes é mais complicado do que se imagina.

Belíssima explicação!  :charuto:
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𖤐 Servidor do Discord 𖤐


HuezinXD

Só lembrando que atualmente existem patches para alterar a região PAL para NTSC. Problema que os patch de tradução não funcionam em ROMs que mudaram de região e e o de mudança de região não funcionam em ROMs traduzidas. No Mega e SNES da pra usar de boa. Eu mesmo mudei a região do Donkey Kong Country de SNES traduzido que é PAL para 60 hertz

Aqui os patches.  Só ir descendo a página
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